Identidade brasileira

"O Brasil criando-se a si mesmo. Inventando um povo que constitui um novo gênero humano, fundindo herança genética e cultural de índios, negros e europeus num gênero humano novo, uma coisa nova que nunca houve é isso, uma nova aventura brasileira." (Darcy Ribeiro)

Tradutor

segunda-feira, 25 de outubro de 2021


AGRADECIMENTOS



Ao longo da minha formação no Curso de Licenciada em História foram muitas as pessoas que me apoiaram de uma forma ou de outra. 

Minha inspiração para fazer o curso partiu da convivência com um amigo, Gerson Severo, na época estudante de História pela Unisinos. Demonstrava saber muito sobre História, então desejei saber tanto quanto ele. 

Assim Eduardo Martins, hoje meu grande amigo, apaixonado por História, incentivou e apoiou minha vontade e busca, influenciando a escolha do Curso na Unisinos, apoiando-me ao longo de todo o curso. 

Eduardo e Gerson, obrigada por serem meus amigos e pela oportunidade de ter aprendido muito com esta amizade, pelo apoio intelectual. 

A minha família, Pais e irmãos, cunhados, cunhadas, e sobrinhos e sobrinhas, agradeço-lhes também de coração, pois em muitos momentos foram meu suporte, onde busquei apoio emocional e que hoje demonstram entender muito bem minha busca ao falarem sobre História comigo.

Agradeço também à Professora Maria Aparecida Marques da Rocha e ao Senhor Jacinto Schneider, funcionários da Universidade, que entenderam minha necessidade e mantiveram a bolsa de estudos até o final do Curso. 

À Professora Eloisa Elena Capovila Ramos, que aceitou meu convite e orientou minha pesquisa com muito profissionalismo, indicando bibliografias distintas. Em todos os encontros, com muita descontração, mas também seriedade, revisou minha escrita com riqueza de detalhes.



PS: Há 11 anos formei no Curso de Licenciatura em História, mas a gratidão não nunca ficará no passado.

PS: Homenagem a minha orientadora que ja não está entre nós Eloisa a Elô Capô.


domingo, 26 de abril de 2020

Memórias em Tempos de Pandemia e de Lugar Comum


Lutamos pela vida, nos isolamos das pessoas (família, amigos, colegas), o trabalho segue online na medida do possível, mas somos seres sociais por natureza e por isso socializar é viver, é crescer como humano é não sucumbir na solidão, é sutentar-se. Então nos conectamos. Mais do que nunca a tecnologia se torna indispensável e com ela trabalhamos, procuramos amenizar a distância, mas a dinâmica do corpo, do ir e vir, do sair a rua, ao sol ela não supre. E como se adaptar a isso? 

A dinâmica do tempo continua a mesma, ja a dinâmica do humano precisa se reinventar, agora com tempo para ler, para refletir, para escrever, mas também para se perguntar como será o amanhã? 

O humano será melhor no amanhã? E o que é ser melhor? Pode ser que não tenhamos respsostas, pode ser que elas não importam, pode ser que busquemos direcionar os pensamentos com a literatura, o cinema, o bate papo na rede social, pois neste momento nem o mais genial dos seres possuem respostas para este tempo de pandemias, de isolamento, sendo assim a viagem será para dentro de si mesmo, mas não descuidando do caminho de volta sinlizando os caminhos do labirinto para que não se perca o foco. Nesta viagem no tempo de no espaço de si mesmo pode ser que o ser humano se reinvente pessoal e profissionalmente.

Como reinventar-se como pessoa e na profissão? Neste momento não há falta de tempo, mas parece que os outros ja pensaram em tudo, ja criaram tudo aquilo que poderia ser criado. Então percebe-se que o humano não sabe lidar com o "tempo" que ele mesmo criou, não sabe lidar com a responsabilidade de se organizar em sua autonomia, não suporta o ócio criativo ou simplesmente o ócio, não suporta a distância de tudo que inventou como indispensável para a sua vida.


domingo, 9 de agosto de 2015

Respeito à diversidade na sala de aula.

      
   Para termos uma boa convivência em sala de aula, precisamos aprender a respeitar o outro. De que maneira podemos fazer isso?
  Na busca de nossos desejos ou praticando ações irônicas menosprezando colegas diferentes de nós, muitas vezes, ultrapassamos nossos limites desrespeitando e magoando os nossos colegas. Agindo desta forma, a nossa convivência se tonará complicada podendo interromper amizades sólidas e até impedir futuras amizades saudáveis.
 Precisamos buscar dentro de cada um de nós o respeito interior como uma força viva para as nossas boas relações. Compreender o outro, como ele é, faz parte de uma boa convivência e para isso, é indispensável aceitar e valorizar as diferenças, sejam elas sociais, religiosas, culturais, de gênero, de etnia e alunos com e sem inclusão.
 O que fazer quando alguém age de forma preconceituosa?
Esta ofensa pode ser respondida, amigavelmente, desafiando a nossa tolerância, superando assim, a frustração vivenciada. Se nos colocarmos no lugar do outro, teremos a oportunidade de descobrir e remover rótulos já existentes entre os colegas aceitando a desigualdade ali revelada. Precisamos evoluir no entendimento que a diversidade é algo positivo, ela nos dá oportunidade para vermos as diferenças existentes no mundo onde vivemos, pois considerando as diferenças estaremos extinguindo as desigualdades.
 Como podemos nos afastar dos conflitos e confusões evitando o bullying na sala de aula?
Para conseguirmos a harmonia e a igualdade na sala de aula precisamos mudar a nossa   consciência, contribuindo com ações positivas, aprendendo a lidar com a diversidade. Esta conduta construída, coletivamente, no dia a dia será a base que sustentará a boa convivência na sala de aula. O respeito à diversidade demanda que pratiquemos atitudes proativas que garantam a igualdade de oportunidades e de tratamento, corrigindo os efeitos da discriminação e da segregação para com os nossos relacionamentos.
 Pois, através do respeito às diferenças, teremos a oportunidade de ultrapassar nossos preconceitos compartilhando interesses e responsabilidades construindo, assim um ambiente escolar harmonioso para convivermos, confortavelmente, em sala de aula.
Fora, bullying! Viva a diversidade!
 Autoras: Lizete Teresinha da Silva e Marli Pereira Marques
 (profs. Município SL e Estado RS)

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Refletindo a Diversidade em Sala de Aula e o Papel do Professor Frente a Tantos Desafios


O Texto da Professora Carla Beatriz Meinerz, experimentações para o diálogo intergeracional nos processos de escolarização aborda ideias importantes sobre a diversidade geracional como forma de valorizar experiências vividas por todos, independentes da idade, sexo, cor da pele, inserção social e cultural. É interessante trazer a memória destas pessoas para a comunidade escolar, entretanto, no dia a dia, em nossa prática de professor percebemos o quanto é difícil envolver pessoas no mundo da Escola. Pensando na simples tentativa de aproximar os pais dos alunos à Escola, nos deparamos com enormes obstáculos por que os compromissos diários deles são mais importantes, e por que na visão dos Pais a escola é o espaço para as crianças. É como se o compromisso dos Pais acabasse no portão da Escola, pois não comparecem nem às reuniões que ocorrem menos de uma vez por mês. Sendo assim, como podemos pensar em construir um trabalho sobre a diversidade geracional? Penso que a proposta de um trabalho assim poderia contribuir muito para com o desenvolvimento da criança, justamente porque poderíamos através desta proposta promover um estreitamento de relações, conhecer melhor a história das famílias e das crianças, adolescentes e jovens. Com este estreitamento ficaria mais fácil de entender o mau comportamento dos alunos em sala de aula. Mau comportamento por que eles não têm o mínimo de entendimento sobre valores básicos, respeito ao ser humano, ao outro, não sabem ouvir e muitos menos aprender um ensinamento como no exemplo do “Avô Apolinário”, que conseguiu passar, através de suas atitudes os ensinamentos de valores básicos e respeito pelo outro. Que ensinou o seu neto a ouvir o próprio silêncio e com isso, na maturidade saber lidar com as questões que a vida impõe, mas não foi as palavras que fizeram o neto aprender os ensinamentos do avô, mas as atitudes. Pensando nisso, me pergunto: que atitudes os Pais dos meus alunos tem para com os próprios filhos? Que memórias de vida os Pais passam para seus filhos? Como podemos começar a mudar, transformar estas relações? Será que a Escola com seus professores, e toda a equipe diretiva e técnica vai conseguir promover estas transformações? Penso que é um trabalho para toda a comunidade, com a participação do Estado capacitando professores, promovendo aproximação com as famílias, mostrando que a Escola deveria deixar de ser mera obrigação para se tornar tão indispensável quanto o trabalho pessoal de cada um, quanto o laser, quanto ir a Igreja para salvar a própria alma. É certo que não podemos idealizar uma vivência nas famílias com costumes da cultura indígena, como vimos no exemplo citado pela autora. A cultura indígena é muito diferente da nossa cultura, das nossas vivências, entretanto, a nossa cultura possui valores que foram perdidos ao longo do tempo, por nos deixarmos influenciar, talvez por excessos diversos: de liberdade, falta de limites, falta de respeito pelo outro, distorção e perda de valores básicos do ser humano, e a palavra de ordem: eu posso tudo. Penso que a perda destes valores está relacionada à intenção de transformar uma sociedade que foi calcada em ditaduras, regime escravocrata e a lei do levar vantagem em tudo e que nesta busca pela justiça peca por excessos, dos quais mencionei. Neste busca por transformações e recuperação de valores precisávamos em uma ação conjunta buscar o equilíbrio, se é que ele existe. Precisamos encontrar o nosso jeito de ser e de respeitar, o nosso valor cultural e humano, sem cópias, deixando de ver a cultura alheia sempre como a melhor. Pode ser que o nosso ponto de partida para a construção de uma sociedade Escolar e em geral mais justa, evidenciando os valores básicos de cidadania seja através desta reflexão que estamos fazendo neste curso, para posteriormente partir para a ação. Mas é um movimento muito lento e em alguns momentos quase bate o desespero por pensar: onde vão parar estas crianças do Ensino Fundamental que não tem o mínimo de respeito pelo professor? Que futuro será o deles? Como o professor poderá avaliar seu crescimento, se não conseguimos se quer conduzir a leitura de um texto em sala de aula? Isto é um desabafo, sim, mas uma reflexão também sobre a proposta do texto, que nos faz pensar em como pensar a diversidade geracional. Para pensá-las precisamos conhecê-las, para conhecê-las precisarmos trazê-las para o espaço escolar.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Refletindo a Diversidade Religiosa


Este texto foi produzido a fim de atender a proposta do curso Produção de Material Didático oferecido pelo Polo Universidade Aberto de Novo Hamburgo – UAB/UFRGS/NH. Esta reflexão deve ser entendida como um exercício que instrumentaliza o professor na sala de aula e o capacita para atender a diversidade religiosa em sala de aula. No período em que a atividade foi proposta e realizada eu ainda não exercia o trabalho de professora em sala de aula, por este motivo a construção do texto se da no futuro. Entretanto, hoje, lecionando a disciplina de Ensino Religioso terei a chance de aplicar esta atividade em sala, a fim de debater com os alunos sobre a importância de se conhecer a diversidade religiosa (o pertencimento do outro) que nos rodeia para promover, a partir deste conhecimento um debate sem preconceitos, cara limpa e após esta desconstrução, reconstruir novos pensamentos.
Fui batizada na religião católica, fiz primeira comunhão e crisma. Hoje isso para mim significa uma mera formalidade imposta pela minha família e que tem importância para eles que acreditam em Deus. Para algumas pessoas sou católica não praticante, pois não pratico a religião mesmo sendo batizada, mas hoje, sou ateia por uma série de constatações ao longo a minha vida. Mesmo assim, quando eu estiver exercendo o magistério pretendo conhecer o pertencimento religioso de meus alunos e se possível falar sobre o tema em sala de aula. Se a escola não promover atividades a fim de valorizar os diferentes pertencimentos religiosos, pretendo sugerir, atividades que os valorizem, a fim de estimular o respeito entre os alunos por esta diversidade, a partir do conhecimento. As escolas públicas que conheço não ostentam símbolos religiosos nas paredes e portas, por pertencerem ao estado laico, percebo esta prática em escolas com perfil religioso. Contudo, ao assumir a sala de aula não pretendo rezar com os alunos, mas poderei sugerir que cada um faça a sua reflexão silenciosamente, caso ocorra interesse e diversidade de pertencimento religioso. Entretanto, se a turma for de um mesmo pertencimento religioso e todos concordarem em rezar, aceitarei, a fim de atender um pedido que é importante para eles. A reza para mim não tem nenhuma importância, mas quando eu estiver trabalhando em uma escola conversarei sobre o tema da diversidade religiosa e da escola pública laica, pois entendo que este debate poderá contribuir muito para que uns conheçam a escolha religiosa dos outros e também para que entendam que o papel da escola laica é assumir uma postura neutra e respeitar e fazer com que sejam respeitados os pertencimentos religiosos de cada um.
Referência: Atividade para o módulo II baseado no texto do Fernando Sefner

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Produção de Material Didatico: Diversidade na Sala de Aula

O papel da escola para a provocação de novos modos de existência
A escola é o espaço onde circulam pessoas, cada uma com a sua complexidade e particularidade, sendo elas: professores, estudantes, secretárias, direção, orientadores, segurança, estão cumprindo uma missão, exercendo um papel e carregando em si a sua história, escolhas e maneira de pensar e de viver. Os diversos modos de existência das pessoas que circulam na escola podem promover infinitas provocações desde que encontrem espaço para tal. A escola deve constituir, em seu dia a dia como um espaço aberto ao debate, para que através dele as pessoas possam expressar suas impressões, aprendendo que aceitar novos modos de existência é também permitir ao outro que conheça e aceite modos existência até não conhecido. Promover o debate desconstituído de pré-conceitos, permitindo que cada um se mostre sem medo do desconhecido, destituídos das máscaras adquiridas ao longo da existência de cada um, permitirá mais aceitação e menos medo de julgamentos. Se tornar um lugar de experimentação da própria vida, é exatamente o que ocorreu com professora e sua latinha de Coca Cola, conforme o texto. Ao aceitar o questionamento da aluna, a professora permitiu certa intimidade, falando de sua vida pessoal “geração Coca Cola”, ela saiu do mundo formal do ser professora e deixou acontecer um debate entre todos. Este exemplo mostra que a escola e seus públicos possuem infinitas possibilidades de iniciar uma provocação e promover um debate onde todos têm a ganhar: mais intimidade que implica em mais conhecimento e consequentemente novas experiências que farão de cada um, na escola o protagonista de história de vida. Esta aproximação entre estudantes e professores, não significa, contudo, que será permitido uma invasão de privacidade, ela apenas poderá ser a possibilidade de novos debates, novas maneiras de conhecimento, promovendo o entendimento e a aceitação de cada um para com o outro.
O jogo identidade/diferença, e o papel de cada um na formação das novas gerações.
Refletir sobre o jogo identidade/diferença é tarefa complexa e ao mesmo tempo genérica, sendo assim vamos refletir sobre a sociedade, grupos (trabalho e amigos) e sobre a família, para início de conversa, tendo em vista que ampliar esta reflexão requer, talvez debates mais amplo.
A Identidade mostra o pertencimento a uma determinada sociedade, grupo ou família: na sociedade, o sentimento de pertencimento ocorre por fatores mais amplos, onde as regras são criadas pelas atitudes, ações políticas, crença religiosa, a língua. São muitos fatores que vão construindo a cultura local e dentro dela encontramos grupos, mais particulares que mostram como novos modos de vida - o grupo pode se de trabalho, aqui a aproximação se da por afinidades de formação ou compromisso de trabalho, em que cada um exerce uma função de trabalho. No grupo de amigos a aproximação se da pelo que se diz gosto: musical, simpatias, maneira de vestir, estudam em uma mesma escola. Podemos incluir aqui as paqueras, namoros e futuras famílias. Na família as relações são vitais, desde que nasce cada um vem com uma bagagem cultural e esta bagagem muitas vezes ser torna a questão mais complexa de ser entendida e por isso sofre discriminação e não aceitação de maneira visível, por vezes é onde se cristaliza pré-conceitos que serão levados ao convívio com outros.
A diferença está presente em todas as pessoas, pode ser física, social, econômica, religiosidade, hierarquia profissional, cultural. O jogo identidade/diferença está presente em todas as “tribos”, ou seja, cada comunidade, grupo ou família que se identificam entre si na composição do grupo carrega consigo a sua diferença. Estas vão influenciar de maneira positiva ou negativa na vida de cada pessoa. Se as diferenças são aceitas no conjunto de pessoas, elas poderão promover muita riqueza cultural para todos, se discriminadas promoverão atritos, desentendimentos, rancores e não contribuirá para a segregação dos diferentes. Esta reflexão permite pensar que as diferenças promovem a identidade, assim como a identidade é composta pela diferença. Em relação ao conhecimento sobre o jogo diferença/identidade nas novas gerações, possivelmente serão mais viáveis, pois o debate de hoje promoverá o conhecimento de amanhã.
Exemplos acerca do ensino de histórias silenciadas e outros.
As histórias silenciadas e esquecidas do negro e do índio, hoje refletidas na academia e a busca pelo tempo perdido, a fim de por em pauta essa “lacuna” no ensino no ensino de história pode ser vista como a perspectiva de uma grande mudança sobre a construção de memória/identidade brasileira. Esta memória/identidade que se conhece na academia poderá ser percebida e entendida pelos brasileiros em seu cotidiano, como uma questão cultural, a partir do momento em que conceba a nossa identidade como cultura.
Podemos propor a questão da hossexualidade que é silenciada pelo preconceito e muitas vezes entendida como doença ou desvio de caráter, perversidade. Ao se tentar discutir sobre o assunto ainda se houve: “eu respeito, mas não quero isso para meu filho ou filha”, “vamos curá-lo deste desvio”, esta expressão se percebe no sermão de algumas igrejas e ainda “nós não apoiamos os gays por isso não frequentamos festas que eles frequentam”. Entre outras expressões na tentativa de justificar e minimizar o pré-conceito. A escola é um espaço democrático que poderá incluir e até comprar a “briga” desta discussão, assim como a discussão sobre a sexualidade, uso de preservativo, gravidez na adolescência e outras doenças sexualmente transmissíveis. Estes assuntos os Pais não conseguem falar em casa, por que é falar de si, é se expor aos filhos, então talvez a escola tenha que a protagonista desta mudança pensamento.
Outra proposta a ser pensada como mudança em sala de aula, para o ensino de história é tentar desmistificar o preconceito em relação ao português, e tudo o que eles construíram aqui, comparando com os imigrantes alemães e italianos. Estes são vistos como os que trabalharam transformando a sociedade brasileira, organizando-a de maneira “inteligente” e o português foi preguiçoso, desorganizado e “burro”. Penso que uma das formas que podemos começar a mudança sobre este debate é levar para a sala de aula o estudo sobre o contexto de desenvolvimento dos países: Portugal, Alemanha, Itália entre outros, a fim de mostrar que ocorreram mudanças na Europa desde a vinda dos primeiros portugueses até a vinda dos outros imigrantes. A que se estudar a cultura e o contexto histórico, político e econômico de cada um, para que assim seja possível promover um debate acerca da particularidade de cada um.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Refletindo a diversidade em sala de aula

Diversidade é tudo o que não é igual. Em relação às pessoas podemos dizer que cada uma possui características próprias, sendo elas físicas: altura, cor da pele do cabelo, cor dos olhos, as pessoas portadoras de necessidades especiais, etc.; e as subjetivas: humor, jeito de ser, de pensar, crenças, etc., a diversidade cultural está relacionada aos costumes, a escolha da religião, ao meio em que nasceu: etnias, etc.; a diversidade é o casamento homossexual; as religiões que cultuam diferentes Deuses e cada um defende o seu Deus como o único e verdadeiro. A diversidade está todos os lugares, ela pode estar mais ou menos perceptível aos olhos. Em ralação a etnia, percebemos a cor da pele como o negro, o índio, o pardo, o amarelo, etc., esta, encontramos com facilidade em nosso cotidiano, por outro lado, as diversidades menos visíveis estão relacionadas e escolhas das pessoas: o casamento homossexual, a religião, estas serão percebidas no convívio mais próximo e mais longo. Sendo assim, eu percebo elementos de diversidade na minha escola, na minha cidade e na minha sala de aula. Os elementos de diversidades encontrados na minha escola são: escolha da religião, cor da pele, pessoas com necessidades especiais. Pensa a diversidade como algo bom, que faz as pessoas saírem de seu ambiente de conforto fazendo-os pensar em como lidar com ela. Por exemplo: quando encontro pessoas que se comunicam através da língua de sinais, tenho dificuldade em entender e acompanhar a fala. Esta dificuldade pode me fazer buscar conhecimento em libras ou pelo menos tentar, entretanto, a falta de conhecimento para lidar com a situação provoca afastamento pelo medo do diferente. A diversidade é uma riqueza para o trabalho pedagógico se for bem trabalhada. Se o professor estiver preparado, capacitado para lidar com a diversidade ele poderá fazer dela uma ferramenta de enriquecimento na sala de aula. Quando aprendermos como lidar com o que não estamos habituados teremos oportunidades de promovermos grandes mudanças em nosso cotidiano e também maiores aceitação e respeito pelo outro. Entretanto, se não houver investimentos adequados na formação de professores, e técnicos na escola, a diversidade não será um desafio, mas um problema que prejudicará muitas pessoas. A diversidade religiosa é bastante delicada para o debate em sala de aula, pois para debatê-la será necessário mexer com a subjetividade: sentimentos e crenças das pessoas. Quando pensamos em debater ou explicar as distintas religiões em sala de aula temos que pensar no outro como um ser que acredita em algo que não podemos ver, e que vem carregado de superstições e medo do castigo de Deus ou Deuses. Ao estudar/ensinar história como uma ciência do passado do homem nos deparamos com leituras que contradizem as crenças religiosas, sendo assim, precisamos nos sensibilizar na sala de aula a fim de dar espaço aos diversos pontos de vista e pertencimentos religiosos.