Identidade brasileira

"O Brasil criando-se a si mesmo. Inventando um povo que constitui um novo gênero humano, fundindo herança genética e cultural de índios, negros e europeus num gênero humano novo, uma coisa nova que nunca houve é isso, uma nova aventura brasileira." (Darcy Ribeiro)

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Artesanato e cultura na Angola africana

O curso África: História e Literatura Angolana e Afro-brasileira nos oportunizou conhecer, refletir e aprender questões sobre a literatura, a poesia, o conto e o artesanato angolanos. Em texto anterior apresentamos questões relevantes a literatura e a poesia de Angola, cabe agora ressaltar as atividades propostas e desenvolvidas sobre a cultura artesanal e suas representações na história. Entre as atividades propostas, aprendemos a confeccionar galinhas de Angola, ovos de corda e móbile de papel no formato de galinhas de angola. As atividades práticas foram enriquecidas por leituras que contavam sobre a vinda dos escravos africanos para o Brasil e histórias que ilustravam as atividades práticas. Entre as atividades destacamos o conto sobre a própria galinha de angola, sugerida pela professora para instigar a criatividade dos alunos. Nesta atividade foi solicitado aos participantes do curso que respondesse “porque a galinha de angola ganhou pintas brancas ao longo de sua existência?” As respostas foram as mais diversas possíveis e só posteriormente foi contatada a história do livro. Em resumo, a galinha de Angola era toda preta com apenas o bico vermelho, ganhou pintas brancas como uma recompensa por ter se sacrificado por sua comunidade, que sofria com a seca. Toda a comunidade rezava para que chovesse e quando as nuvens se aproximavam, trazendo a chuva, conta a história que o elefante desajeitado espantou-a e então a galinha de Angola correu quilômetros pedindo à chuva que voltasse. Neste esforço desenfreado, a galinha se machucou em arames farpados por onde passava, mas não desistiu e correu até que conseguiu trazer a chuva de volta. Pelo seu esforço foi recompensada com pintas brancas que representam o brilho dos pingos que a chuva lhe deu como recompensa. A história mais completa e a referência sobre o autor podem ser conferidas site no http://bancodashistorias.blogspot.com. Assim como a poesia, os livros de contos também revelam o sofrimento dos angolanos provocado pelas guerras, à seca, a pobreza, a fome, entre outros e tentam superá-los com atitudes solidárias voltadas ao bem estar coletivo.
Em outra proposta de trabalho aprendemos a confeccionar fuxicos, tão conhecidos por nós hoje, são lindos trabalhos em tecido que formam flores em chaveiros, toalhas, almofadas, colchas e até bonecas. O fuxico permite infinitas opções de peças para decorações e acessórios e assim, também tem a sua história para ser contada, ao contrário do que conhecemos, é uma atividade artesanal que iniciou como um passa tempo das mulheres escravas das grandes fazendas. Os pedacinhos de tecidos doados pelas Sinhas eram tão pequenos, mas ao serem confeccionados se transformavam em uma pequena flor e, cada uma delas costuradas umas as outras se transformavam em lindas peças muito criativas.
Contudo, através do curso verificamos o quanto a preocupação com o coletivo está presente nas ações apresentadas nos contos, assim como a confecção dos fuxicos envolve um grupo de pessoas formando uma oficina de trabalho, numa sequência harmoniosa.

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